sexta-feira, 29 de abril de 2011

"A maior felicidade que pode acontecer a um grande homem é ele, cem anos após a sua morte, ainda ter inimigos."

A Morte de um Anjo

As lágrimas ardem quando caem
Sobre meus pulsos cortados
Mas eu sinto uma dor diferente
Por eles vejo toda minha pureza se esvaindo.

Já não basta apenas o vento em minhas asas
Para que eu possa voar
Um impulso! E me atiro do mais alto prédio
Minhas asas se despedaçam como vidro no chão.

A cera quente que escorre de meus olhos
Dão uma nova feição ao meu rosto
Desfigurado, diferente de tudo que fui um dia
Não me reconheço mais.

Minhas vestes rasgadas, tingidas de sangue
Não diz mais de onde venho
E minha aureola ja fora encontrada
E penhorada em um banco qualquer

Ajoelhado no chão, vendo meus pedaços por toda a rua
Tendo somente a Lua como testemunha desta dor
Sou imortal e discrente
Não mais digno de ser um anjo.

Rasgando meu peito
Para que dele saia todo o amor, toda a maldição
O fim daquilo que eu era
O começo de uma nova existência, de dor e perdição

Abandono o céu, excomungo a mim mesmo
Me entrego a 7° filha de Lucifer
E desse amor, teve apenas a destruição
E a morte do que fui um dia.

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